Segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (17), na Psychological Science, O abraço além de demonstrar afeto, também é capaz de prevenir doenças relacionadas ao estresse e diminuir a susceptibilidade de contrair infecções.
Liderados pelo professor de psicologia da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da CMU Sheldon Cohen, um time de pesquisadores da CMU (Universidade Carnegie Mellon, sigla em inglês), em Pittsburgh, na Pensilvânia (EUA), testaram se abraços funcionam como uma forma de "apoio social" e se a frequência de abraço seria capaz de proteger as pessoas de infecções associadas ao estresse, resultando em sintomas mais brandos de doenças. Pesquisas anteriores já mostraram que o estresse torna as pessoas mais suscetíveis a ficarem doentes.
Sheldon Cohen afirma que pessoas que enfrentam algum conflito são menos capazes de lidar com efeitos da gripe. Da mesma forma sabemos que as pessoas que admitem ter apoio social são parcialmente protegidas dos efeitos do estresse, em estados de ansiedade e depressão.
Por meio de entrevistas telefônicas realizadas em 14 noites consecutivas, os pesquisadores analisaram 404 adultos saudáveis e verificaram a frequência de conflitos interpessoais e abraços diários.
Os pesquisadores expuseram intencionalmente os entrevistados ao vírus da gripe, após os questionários, e os participantes foram então colocados em quarentena e passaram a ser monitorados para ver quais desenvolveriam sinais da doença.
Aqueles que receberam mais abraços e apoio de pessoas de confiança não desenvolveram os sintomas da gripe. Quem foi infectado, mas tinha uma frequência maior de apoio social, os sintomas da doença foram mais brandos.
O aumento da frequência de abraços pode ser um meio eficaz de reduzir os efeitos nocivos do estresse, Sheldon Cohen e sua equipe sugere que ser abraçado por uma pessoa de confiança pode atuar como um meio eficaz de transmitir apoio.
"Aqueles que ganham mais abraços estão, de alguma maneira, mais protegidos de infecções".
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