quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O espetáculo Clara Nunes quem te ouviu e quem te vê será nos dias 17 e 18 de outubro no CIAEI

A Secretaria Municipal de Cultura apresentará á população nos dias 17  e 18 de outubro, sexta-feira e sabádo as 20h na Sala Acrísio de Camargo, no Ciaei, o espetáculo gratuito "Clara Nunes, quem te ouviu e quem te vê", de uma grande e inesquecível cantora brasileira. O repertório trará canções que refletem a trajetória da consagrada artista mineira, que começou sua carreira interpretando boleros e canções românticas, e depois se enveredou pelo samba com sucessos como "Morena d`Angola" e "Apesar de Você". A faixa etária é livre. O elenco de mais de 100 integrantes inclui 20 músicos da Orquestra de Indaiatuba, 25 bailarinos do grupo da Secretaria de Cultura e 55 cantores do Coral de Indaiatuba.

Clara Francisca Gonçalves nasceu dia 12 agosto de 1942. Aos 6 anos já era órfã de pai e mãe. Caçula, era protegida pelos outros seis irmãos. O excesso de preocupação e ciúme levou seu irmão mais velho a perder a cabeça e esfaquear um moço galanteador que estaria de namorico com Clara. O homicídio cometido pelo irmão foi uma sombra por anos na vida de Clara. Aos 14 anos, começou a trabalhar na fábrica de tecidos da pequena cidade de Caetanópolis-MG e só abandonou a rotina operária quando os compromissos musicais noite afora não mais se conciliavam com o trabalho na fábrica. A partir daí, caminhou rumo ao sonho de ser cantora. Vai, primeiro, para a capital mineira. A gravação de seu primeiro compacto foi graças ao 3º lugar na final do concurso A Voz de Ouro ABC (empresa do grupo da gravadora Odeon). Tornou-se, por isso, a mais nova celebridade em Belo Horizonte. Foi convidada para “canjas”, shows em bares, boates e clubes mineiros. Em 1966, Clara Nunes partiu para o Rio de Janeiro tentar a todo custo alavancar a carreira. No início, conseguiu pagar apenas um quartinho bem modesto. Na tentativa de abandonar o ar interiorano adotou até cabelo e roupas moderninhos, à La Jovem Guarda. No Rio, freqüentou terreiros de umbanda e candomblé e apaixonou-se, caindo nas graças da Velha Guarda da Portela. Nos anos 70, chegou a participar da Era 
dos Festivais. Seus primeiros discos, no estilo romântico que a gravadora insistia em gravar, foram fracassos de vendas. Por outro lado, a beleza e o carisma da moça proporcionaram convites para fotos, entrevistas, pontas no cinema e na TV.
Finalmente, em 1971, o LP Clara Nunes é um divisor de águas. Por sugestão de Clara, Adelzon Alves é quem produziu o disco. Famoso apresentador nos tempos áureos da Rádio, Adelzon reinventou Clara. Investiu no samba e, assim, deu brecha para a construção de sua imagem como cantora nacional. Clara realizou-se com esta identidade afro-brasileira. A partir daí, a morena guerreira estoura sucessos consecutivos e quebra o paradigma de que cantoras não vendiam discos.
Clara veio a falecer em 1983 por complicações de uma cirurgia de varizes. Estava no auge da carreira e apaixonada pelo seu grande amor, o marido Paulo César Pinheiro, poeta, com quem escreveu a melodramática letra de À Flor da Pele. Foi uma tragédia para os milhares de fãs. Mas a imagem da Guerreira, bem como força e alegria do seu samba, permanecem na memória e na história do samba.

Ficha técnica
Realização: Prefeitura Municipal de Indaiatuba.
Produção: Secretaria Municipal de Cultura.
Orquestra: Orquestra de Indaiatuba. Maestro: Paulo de Paula.
Coro: Coral Cidade de Indaiatuba (Oficina de Canto Coral da Secretaria da Cultura). Maestrina: Áurea Ambiel.
Cantoras solistas: Caroline Artêmis, Kika Baldasseirine e Sara Bonfim.
Coreografias: Danielle Ianes (Secretaria de Cultura) e Vivien Fortes.
Bailarinos: Grupo da Secretaria de Cultura (Oficinas de Jazz Juvenil e Adulto da Secretaria de Cultura).
Banda Alexandre Sobrinho (percussão); Diego Matos (pandeiro); Gerson Lima Filho (bateria), Guilherme Lamas (violão 7 cordas) Pretinhu Nunes (cavaco).
Arranjos: Jefferson Ribeiro da Silva.
Cenografia: Dickson Resstel.
Figurinos: Zenaide Baroni.
Design de Luz: Miguel Abílio de Pádua.
Design de Som: Nal Rodrigues.
Roteiro: Natália Tiso.
Som e Luz: Caracol´s.
Serviço
Sala Acrísio de Camargo – Ciaei - Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 3.665 – Jardim Regina

Clara Nunes Quem te ouviu e quem te vê


O elenco inclui mais de 100 integrantes entre eles 25 bailarinos

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