terça-feira, 19 de agosto de 2014

Doenças cardiovasculares, seus riscos e suas prevenções



Doenças cardiovasculares sao de um modo geral, são o conjunto de doenças que afetam o aparelho cardiovascular, designadamente o coração e os vasos sanguíneos. 
 Existem alguns fatores de risco como a idade e a história familiar encontram-se entre as condições que aumentam o risco de uma pessoa vir a desenvolver doenças no aparelho cardiovascular. Contudo, existe um outro conjunto de fatores de risco individuais sobre os quais podemos influir e modificar e que estão, sobretudo, ligados ao estilo te ao modo de vida atual.

   Tabagismo

Relacionado a cerca de 50% das causas de morte evitáveis, metade das quais devido à Aterosclerose.
Os efeitos nocivos do tabaco são cumulativos, quer no que se refere ao seu consumo diário quer ao tempo de exposição. O risco aumenta quando a exposição se inicia antes dos 15 anos de idade, em particular para as mulheres, uma vez que o tabaco reduz a proteção relativa aparentemente conferida pelos estrogénios. As mulheres que recorrem à anticoncepção oral e que fumam estão sujeitas a um maior risco de acidente cardiovascular: por exemplo, o risco de infarto do miocárdio aumenta de seis a oito vezes. 
A cessação do tabagismo é isoladamente a medida preventiva mais importante para as doenças cardiovasculares.

   Sedentariamente

A inatividade física é hoje reconhecida como um importante fator de risco para as doenças 
cardiovasculares. Embora não se compare a fatores de risco como o tabagismo ou a hipertensão 
arterial, é importante na medida em que atinge parte muito elevada da população, incluindo adolescentes e jovens adultos.
A falta de prática regular de exercício físico moderado potencia outros fatores de risco susceptíveis de provocarem doenças cardiovasculares, tais como a hipertensão arterial, a obesidade, a diabetes ou a hipercolesterolemia.

  Diabetes Mellitus e obesidade 

Os riscos de um acidente vascular cerebral ou do desenvolvimento de uma outra doença cardiovascular aumentam com o excesso de peso, mesmo na ausência de outros fatores de risco. É particularmente perigosa uma forma de obesidade designada obesidade abdominal que se caracteriza 
por um excesso de gordura principal ou exclusivamente na região doabdomen. A obesidade 
abdominal está associada a um maior risco de desenvolvimento de diabetes e doenças 
cardiovasculares.

   Maus hábitos alimentares
Está hoje provado que a alimentação constitui um fator na proteção da saúde e, quando desequilibrada, pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, entre outras. Por isso, o excesso de sal, de gorduras, de álcool e de açúcares de absorção rápida na alimentação, por um lado, e a ausência de legumes, vegetais e frutos frescos, por outro, são dois fatores de risco associados às doenças cardiovasculares. Para ser saudável, a alimentação deve ser variada e poli fracionada (muitas refeições ao longo do dia).

   Hipercolesterolemia 

Manifesta-se quando os valores do colesterol no sangue são superiores aos níveis máximos 
recomendados em função do risco cardiovascular individual. O colesterol é indispensável ao organismo, quaisquer que sejam as células orgânicas que necessitem de regenerar-se, substituir-se ou desenvolver-se. No entanto, valores elevados são prejudiciais à saúde.
Há dois tipos de colesterol. O colesterol HDL (High DensityLipoproteins), designado por “bom colesterol”, é constituído por colesterol retirado da parede dos vasos sanguíneos e que é transportado até ao fígado para ser eliminado. O colesterol LDL (Low Density Lipoproteins) é denominado “mau colesterol”, porque, quando em quantidade excessiva, ao circular livremente no sangue, torna-se nocivo, acumulando-se perigosamente na parede dos vasos arteriais. Quer o excesso de colesterol LDL, quer a falta de colesterol HDL, aumentam o risco de doenças cardiovasculares, principalmente 
o enfarte do miocárdio.

   Hipertensão Arterial 

Situações em que se verificam valores de pressão arterial aumentados. Para esta caracterização, 
consideram-se valores de pressão arterial sistólica (“máxima”) superiores ou iguais a 120 mm Hg (milímetros de mercúrio) e/ou valores de pressão arterial diastólica (“mínima”) superiores ou iguais a 80 mm Hg.
Com frequência, apenas um dos valores surge alterado. Quando apenas os valores da “máxima” estão alterados, diz-se que o doente sofre de hipertensão arterial sistólica isolada; quando apenas os valores da “mínima” se encontram elevados, o doente sofre de hipertensão arterial diastólica. A primeira é 
mais frequente em idades avançadas e a segunda em idades jovens.

A hipertensão arterial está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares, particularmente o acidente vascular cerebral.

• 





   Stress excessivo

stress é inevitável enquanto vivemos, sendo uma consequência do ritmo de vida atual. É difícil definir com exatidão o stress porque os fatores diferem de pessoa para pessoa. No entanto, a sensação de dês prejudic ser um sinal para abrandar o ritmo de vida.



Existem diversas formas de prevenção, É possível reduzir o risco de doenças cardiovasculares através 
da adoção de um estilo de vida mais saudável:
   Deixe de fumar;
    Controle regularmente a sua pressão arterial, o seu nível de açúcar e gorduras no sangue;
   Tenha uma alimentação mais saudável, privilegiando o consumo de legumes, vegetais, fruta e cereais;
    Pratique exercício físico moderado com regularidade;
   A partir de uma determinada idade (40 anos para as mulheres e 35 anos para os homens) é aconselhável a realização de exames periódicos de saúde;
   A prevenção deve começar mais cedo para os indivíduos com história familiar de doença cardiovascular precoce ou morte súbita.




Dentre as doenças mais comuns estão A pressão  arterial elevada, a doença das artérias coronárias e a doença cerebrovascular são exemplos de doenças cardiovasculares. 

  Aterosclerose: presença de certos depósitos na parede das artérias, incluindo substâncias 
gordas, como o colesterol e outros elementos que são transportados pela correntesanguínea. A aterosclerose afeta artérias de grande e médio calibre, sendo a causa dos Acidentes Vasculares Cerebrais e da Doença das Artérias Coronárias. 

É uma doença lenta e progressiva e pode iniciar-se ainda durante a infância. Contudo, regra geral, não causa qualquer sintomatologia até aos 50/70 anos, embora possa atingir adultos jovens (30/40 anos), principalmente se foremtabagistas intensivos;

• 
  Cardiopatia Isquêmica: termo utilizado para descrever as doenças cardíacas provocadas por depósitos ateroscleróticos que conduzem à redução do diâmetro das artérias coronárias. O estreitamento pode causar Angina de Peito ou Infarto do Miocárdio, se em vez de redução do luzarterial se verificar obstrução total do vaso;
   Doença Arterial Coronária: situação clínica em que existe estreitamento do calibre das artérias 
coronárias, provocando uma redução do fluxo sanguíneo no músculo cardíaco



•. Alterações do ritmo cardíaco;

  Infarto do miocárdio - é uma das situações de urgência/emergência médica cardíaca. O sintoma mais característico é a existência de dor prolongada no peito, surgindo muitas vezes em repouso. Por vezes, é acompanhada de ansiedade, sudação, falta de força e vómitos.

   Insuficiência cardíaca - surge quando o coração é incapaz de, em repouso, bombear sangue em quantidade suficiente através das artérias para os órgãos, ou, em esforço, não consegue aumentar a quantidade adicional necessária. Os sintomas mais comuns são a fadiga e uma grande debilidade, falta de ar em repouso, distensão do abdómen e pernas inchadas.



O check-up deve ser feito rotineiramente, de maneira  geral, homens acima dos 35 anos e mulheres acima dos 40 anos devem fazer um exame inicial que engloba:


   Consulta
   Eletrocardiograma de repouso
   Dosagens de glicose e colesterol


Devem fazer um check-up mais cedo as pessoas que tem os seguintes fatores de risco para doenças do coração:

Fumo
Diabetes
Pressão alta
Herança genética (pais ou irmãos com doença do coração ou circulação)
Sedentarismo
Colesterol alto

Nesses casos, os exames devem começar mais cedo e ter um acompanhamento mais freqüente.

Colesterol é uma substância fundamental para o funcionamento do nosso organismo. Seu nível ideal no sangue é abaixo de 200mg/l. O colesterol no sangue é a soma de dois componentes:


HDL - Fração Protetora (“colesterol bom”) que quanto mais alta, melhor. Sua presença diminui com o tabagismo e o sedentarismo. Aumenta com a prática de exercícios, ingestão de peixe e doses pequenas de vinho.



LDL - Fração Aterogênica (“colesterol ruim”) que penetra na parede dos vasos e que, após alguns anos, provoca o entupimento das artérias. Este entupimento prejudica a circulação e afeta severamente o funcionamento de orgãos como o cérebro, coração e rins.




Existem fatores genéticos que explicam a hereditariedade da doença cardíaca. Além da genética, também uma dieta rica em produtos de origem animal, como ovos, carnes vermelhas, nata, manteiga,
 queijos amarelos, frituras e doces gordurosos influencia seu aumento.  O controle dos hábitos alimentares é fundamental para o controle adequado nos níveis de colesterol.



Deve-se evitar, em princípio, qualquer tipo de gordura animal, e também verificar a forma de preparo das refeições. É fundamental reduzir o consumo das carnes vermelhas, abolir a gema de ovo e aumentar carnes brancas e peixes. Deve-se abolir as frituras, preparando os alimentos assados ao forno, cozidos, ou grelhados. Os óleos recomendados são os vegetais, em especial o de milho, de girassol ou de canola e o de oliva. Recomenda-se aumentar a ingestão de fibras como aveia e granola 
e praticar exercícios físicos com freqüência.

Uma alimentação saudável contribui para o controle do peso, da dislipidemia, do diabetes e da hipertensão arterial. Uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes, grãos, consumo leve de álcool e alimentos pobres em gorduras trans.

Nenhum alimento isoladamente tem a capacidade e o beneficio de evitar as doenças cardíacas, eles contribui juntos com condutas que contribuam para um estilo de vida saudável.

Depende dos fatores de risco já presentes, além da historia familiar de doenças cardíacas.

A resposta é igual a anterior acrescida, de que alimentação saudável deva fazer parte da rotina do individuo, dentro do contexto de uma vida com qualidade, onde a atividade física, não fumar e o bem 
estar psíquico devem fazer parte dos objetivos na busca da saúde.



Mais importante que o horário é praticar com regularidade. O horário ideal é aquele que melhor se adapta ao seu estilo. Tanto faz fazer pela manhã, tarde ou noite. Apenas deve-se evitar o frio ou calor excessivo. Use roupas leves, faça aquecimento, alongamento muscular e comece progressivamente. A qualquer sintoma anormal, como cansaço, dor ou palpitação, pare imediatamente. Neste caso, procure a orientação do seu cardiologista.

As pessoas que não praticam esporte regularmente devem fazer uma consulta médica para 
conferência da pressão arterial,freqüência cardíaca de repouso e afastar a possibilidade de existência de doença cardíaca. A intensidade do exercício pode ser prevista através de um teste ergométrico em esteira ou bicicleta, com medição dos níveis adequados de exercício físico. As caminhadas podem ser feitas por qualquer pessoa, verificando-se antes a integridade das articulações e da coluna.


A pressão alta é caracterizada por níveis acima da média populacional (120 x 80 mmHg). Cerca de 20% da população tem pressão alta e em 98% dos casos não se sabe sua causa (hipertensão primária ou essencial).  Quando consegue-se diagnosticar a causa (hipertensão secundária), a pressão alta pode ser curada . Existem alguns fatores de predisposição à pressão alta:



* Herança familiar - casos de pressão alta na família, antecedente de derrames - Pessoas de cor negra - Diabetes - Obesos - Uso de determinados medicamentos como cortisona e antiinflamatórios.




A prevenção mais adequada é a medição freqüente da pressão arterial, em condições e com aparelhos adequados. O tratamento envolve as seguintes etapas:


    Medicamento
    Dieta
    Exercícios



Quando chega o período da menopausa, onde uma série de alterações passam a ocorrer no corpo da mulher, que exigem atenção para o risco de doença cardíaca. A falta de hormônio irá determinar alterações no colesterol, no psiquismo (insônia, depressão), na esfera sexual (perda no apetite sexual) e perda de cálcio nos ossos, com tendência a osteoporose. Hoje, portanto, a mulher deve fazer a 
mesma avaliação que os homens, e, recomendamos também check-ups preventivos freqüentes.


É factível que possamos retardar o envelhecimento do coração, priorizando cuidados básicos que contribuirão para a manutenção da qualidade de vida:
- Não fumar
- Controlar o peso
- Fazer regularmente atividade física
- Controlar o perfil metabólico (glicose, colesterol, triglicerídeos) e pressão arterial
- Achar atividades que minimizem o impacto do estresse emocional ( válvulas de escapes)
- Alimentação rica em peixes, frutas e grãos
- Não usar drogas como cocaína e crack
- Consumo leve de álcool.





 Dr Jose de Lima Oliveira Junior


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