sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Saúde : aumento do número de mulheres com problemas cardiovasculares

 Atualmente temos no Brasil quase 400.000 mortes por doenças cardiovasculares, e com um número crescente de vítimas do sexo feminino.

 Segundo dados da Organização Mundial da Saúde , as. Doenças cardiovasculares são a maior causa de mortes no mundo todo, cerca de 40%, o que representa quase 18 milhões de óbitos, a cada ano.

 O estilo de vida feminino mudou muito nas ultimas décadas e as jornadas duplas ou triplas ao longo de 24 horas do dia, tornou-se muito semelhante ao masculino, o que trouxe ganhos inestimáveis e plenamente justificados, mas também expôs a fatores de risco para doenças cardiovasculares.
 
Há três décadas a relação era de 1 caso de doença cardiovascular em mulheres para 4,5 casos em homens, hoje esta relação e de cerca de 1 para 1,5. Isto mostra que o número de casos de doenças cardiovasculares esta crescendo muito no sexo feminino.
 Cerca de 250 mulheres morrem diariamente, no Brasil, em decorrência de infartos agudos do miocárdio, sendo que as doenças cardiovasculares matam 4,5 vezes mais mulheres que o câncer de mama, para o qual não faltam campanhas de prevenção.
 Cerca de 30% dos casos de infarto ocorrem em mulheres. Além disso, é alarmante fato de diversos estudos mostrarem que elas têm mais chances de morrerem após um infarto agudo do miocárdioque os homens.

Mas Por Que as Mulheres?

 Com as mudanças culturais e dos hábitos de vida apopulação feminina está cada vez mais exposta a 
fatores de risco, que antes eram quase que exclusivos do público masculino.

 O tabagismo, o “stress”, a adoção de hábitos alimentares inadequados (dieta com altos teores de sódio e de gordura de origem animal), a falta de atividade física regular que a cada dia fazem parte do cotidiano de um número cada vez maior de mulheres, oferecem riscos para o coração.
 
 A associação da pílula anticoncepcional com cigarro, e um garante para o aumento de doenças cardiovasculares em mulheres mais jovens.O risco desta combinação e cinco vezes maior de desenvolver a doença cardiovascular, pelo aumento do risco de formação de trombos em veias e artérias o que pode interromper a irrigação sangüínea do músculo cardíaco levando a um infarto.
 
Já na maturidade, o risco de um infarto e maior, pois na menopausa ocorre uma diminuição da 
produção de estropeio, hormônio que estimula a dilata ao dos vasos, facilitando o fluxo sangüíneo.

 Portanto, após atingirem os 50 anos, a proteção hormonal cessa e assim, aumenta-se a chance doenças cardiovasculares.   

 Outro aspecto importante a ser salientado é que existem pequenas diferenças anatômicas e funcionais no sistema cardiovascular feminino, em comparação ao masculino, oque o torna mais suscetível a complicações graves em caso de um infarto agudo do miocárdio.

Alerta!

 Alguns cuidados, principalmente na população feminina,podem garantir a saúde e evitar a ocorrência precoce de doenças cardiovasculares, sobretudo as que acometem propriamente o coração feminino.Para isso, deve-se evitar o cigarro, sobretudo associado ao uso de anticoncepcionais.

 Adotar hábitos alimentares saudáveis, fazendo uma dieta que inclua legumes, verduras e frutas, com 
restrição do sódio (sal) e das gorduras de origem animal. A incorporação de fontes naturais de Ômega 3 também auxilia na proteção cardiovascular 
 
A avaliação periódica com um cardiologista, a partir dos 45 anos de idade, ou até antes (40 anos nos casos de histórico familiar positivo) é tão obrigatório para a população feminina, quanto a avaliação
de um ginecologista.

Estas consultas periódicas permitem o diagnóstico e tratamento precoce de doenças crônicas, que muitas vezes são silenciosas, como a hipertensão arterial, nível elevado de colesterol e o diabete mielito.


 Dr Jose de Lima Oliveira Junior
                                         


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