domingo, 31 de agosto de 2014

"Pedras que Andam" mistério desvendado na Califórnia


Pesquisadores americanos conseguiram resolver um mistério científico que já durava décadas: as "pedras que andam" no Vale da Morte, no deserto de Mojave, na Califórnia.

Essas pedras ficam em um lago seco, plano e rodeado por montanhas, e chegam a pesar 300kg. Este lago em algumas épocas do ano , se enche de água da chuva, que evapora rapidamente.

Em 940, quando elas começaram a ser estudadas por cientistas, ninguém havia visto elas se moverem, deixando um rastro na terra por dezenas de metros.

Com este fenômeno, surgiram várias teorias, de todas os tipos como extraterrestres, magnetismo da Terra, e campos de energia poderosos, mas não chegaram a uma definição na época.

Em dezembro passado , finalmente, Richard Norris, pesquisador da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, e seu primo James Norris presenciaram e captaram imagens do fenômeno.
Nesta semana foi publicado na revista " PLOS ONE " eles explicando o que viram , tudo começa quando no terreno seco a chuva produz uma capa de água, criando um lago superficial.
Essa se congela durante a noite, formando uma capa de gelo de cerca de três a seis milímetros na qual ficam presas as bases das rochas.
O gelo começa a quebrar quando o sol sai, e vai se criando placas de vários metros d largura que se deslocam com o vento.

Impulsionadas pelas placas de gelo, as pedras se movem sobre o barro, a uma velocidade de dois a cinco metros por minuto, formando os famosos sulcos na terra.

A velocidade e a direção do vento e da água que se encontra abaixo do gelo que formam a trajetória das pedras.

Por quase não chover no Vale da Morte, e as temperaturas médias são elevadas, o fenômeno nao se torna tão freqüente, segundo Richard.

E preciso que chova e que a temperatura baixe cerca de 0oC antes que a água evapore, para o fenômeno acontecer. E o vento ter força suficiente para mover as placas, e junto com elas, as rochas.
No fim de 2013 quando houve o fenômeno, havia chovido bastante na região e até nevado na época quando Richard e James presenciaram.
Ralph Lorenz, pesquisador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, um dos autores publicados nesta semana , disse porque havia sido difícil captar o movimento das rochas.
" Lugar que não se pode acampar, existe muitas restrições do que as equipes podem levar pará-lá, elas estão em  área de difícil acesso, protegidas e remota", disse ele. E a " maioria dos deslocamentos ocorre quando esta chovendo, ventando e frio, o que dificulta captá-los".






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