sábado, 8 de novembro de 2014

Grande GP do Brasil

O asfalto é a principal mudança para o grande GP do Brasil deste ano, um recapeamento total do circuito. Os pilotos e engenheiros ficaram bastante satisfeitos com a nova superfície do traçado paulistano, após os primeiros treinos livres desta sexta-feita(7), mas destacaram que precisam agora repensar o acerto de seus carros.

O novo asfalto deu um ganho na aderência aos carros, o que acaba interferindo nos pneus em relação às edições anteriores da prova. Os pilotos disseram nesta sexta-feira que precisam trabalhar mais no ùltimo treino, na manhã do sábado, para configurarem seus carros

Fernando Alonso e Pat Fry, piloto e diretor técnico da Ferrari, ainda mostraram preocupação com a previsão de chuva para o fim de semana, pois não é possível prever como os pneus de chuva se comportarão na pista molhada. 

Os carros estão surpreendentemente mais rápidos no recapeado Autódromo de Interlagos. O novo asfalto, aplicado neste segundo semestre, fez os carros de F1 mais velozes no circuito paulistano mesmo que, em 16 dos outros 17 traçados do calendário, eles tenham sido mais lentos ao longo da temporada devido à introdução dos motores V6 turbo.

No treino da tarde, Nico Rosberg cravou 1min23s123. Esse tempo superou em 0s3 o da última pole-position cravada com pista seca em Interlagos, em 2012. E a expectativa é que as marcas caiam ainda mais na sequência do fim de semana — desde que não chova.

Quem sabe até dê para buscar o recorde estabelecido por Rubens Barrichello em 2004: 1min10s646.


No início do primeiro treino livre, a pista se mostrou bastante suja. Algo que era esperado, pois esse é o primeiro evento no circuito desde o recapeamento. Aos poucos, isso melhorou, e a expectativa é que continue melhorando no piso molhado.

O calor, porém, trouxe consigo dois problemas: a formação de bolhas nos pneus e o surgimento de um óleo na pista. O primeiro é algo natural nessas circunstâncias. O segundo está relacionado ao fato de o asfalto ser novo — em uma explicação simples, é como se ele tivesse derretido um pouco da superfície da pista.

Em pista seca, isso não é problema. Entretanto, em caso de chuva, esse óleo fará com que o traçado fique ainda mais escorregadio do que ficaria apenas com a água. A mesma preocupação existia em Sochi.

A previsão do tempo para São Paulo indica máximas de 27ºC para o sábado e 23ºC para o domingo, sendo que somente para a tarde de domingo não se espera chuva. Se ela valer para Interlagos, é claro.

Para os pilotos, a mudança do asfalto foi positiva. Felipe Massa elogiou o trabalho que foi feito e o resultado final da reforma. “A pista tem um grip bem alto comparado com o que a gente estava acostumado”, falou. “Quando o asfalto é novo, ele evolui muito de um dia para o outro. Mas pode ser que chegue a 1min10s.”


Nico Rosberg e Fernando Alonso também falaram sobre o tema.

O alemão destacou a ausência de ondulações, mas alertou para o calor. “A pista está com um novo asfalto que ficou um tanto traiçoeiro. Está menos ondulada do que era, mas os pneus estão sofrendo com as altas temperaturas e o novo asfalto”, relatou.


O espanhol mencionou o risco de chuva: “O novo piso produziu muita aderência e foi extremamente difícil encaixar uma volta, pois o comportamento dos pneus mudava de curva para curva. O efeito que a chuva vai ter aqui é sempre um fator desconhecido, então é impossível fazer previsões. Esse 
seria o caso em Sochi também, mas não choveu lá, o que significa que precisamos ficar prontos para qualquer eventualidade”.

Ainda, será preciso desvendar no último treino livre de sábado — em caso de pista seca — como será o desgaste dos pneus. No segundo treino livre, as três bandeiras vermelhas interromperam os long-runs das equipes e atrapalharam a coleta de dados.

Dependendo de como for a sequência do fim de semana, as estratégias devem variar entre duas ou três paradas. Se as dúvidas persistirem, os pneus médios devem ser os preferidos das equipes na corrida.





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